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Natal, Rio Grande do Norte, Brazil
Estudante de Psicologia, Coletivo Jovem Pelo Meio Ambiente, Cidadão do mundo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

AS VÁRIAS FOMES DA MARINA - Por José Bessa Freire

   “Ai, meu Deus!/ O que foi que aconteceu/ Com a música popular
    brasileira”?

    Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: "Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.
Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por
pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados,
sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam
a compreender a aventura da existência humana. Num país dominado
durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos,
eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos
indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por
serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e
preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal,
uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados. De um lado,
reforçam a idéia burra e cartorial de que o saber só existe se for
sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non
para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer
acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o
exercício da representação política. A rainha do rock, debochada,
irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na
bola. Feio.
“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior
  do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como
  ela é maldosa!”. 
Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender
esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome?
Ou se trata de um preconceito de roqueira, que só vê desnutrição
ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com
seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu
inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara
de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa
ser delineada. Se for fome, é fome de quê?
O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome
que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a
macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da
pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de
Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.
Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava
quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava
água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não agüentaram e
acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos
alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode
usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e
uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em
razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da
floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por
mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia
escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através
da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu
hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento
médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do
Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e
escrever. Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular
para o Curso de História da Universidade Federal do Acre,
trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando,
faxinando.
Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la,
militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de
moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto
com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir
o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando
devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas,
forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se
deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos,
defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania
ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente,
ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de
Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo
florestal. Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias.
Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a
apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de
mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil
empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que -na voz de Rita
Lee- a descredencia para o exercício da presidência da República
porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a
buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o
oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido:
tudo vira bosta”.

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra
de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra
te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala
a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando
bacana/ você é babaca”.
    Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma

babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica
antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o
Brasil não é mais chanchada/ Você vem….e faz piada”. Como ela é
mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de
desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/
Eu não queria magoar você”.
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também
a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota
porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”.
Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos
antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar
uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes
Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão
altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara
de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de
logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos
nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?
Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos
ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que
exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua
cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto
Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como
diriam os franceses, “il péte de santé”. O banqueiro Daniel
Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se
alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil.
Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a  brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade  a credencia para o exercício de liderança em nosso país. 
    Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.


    P.S.: Uma leitora cricri, mas competente, que está fazendo
    doutorado em São Paulo (e a tese, quando é que sai?) me lembra que
    a FAPEAM e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas
    constituem o lado sério da atual política estadual, responsável,
    em 2007, pela primeira lei de mudanças climáticas no Brasil.
  
 O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de
    Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de
    Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Esclarecimentos - Conferência

Para esclarecer:

Para participar do Circuito de Aprendizagem o delegado(a) precisa ter participado da III CNIJMA que aconteceu em abril de 2009 em Brasília e ter entre 12 e 15 anos durante os dias 05 a 10 de junho de 2010, que serão das datas da Conferência Internacional Infanto-Juvenil Vamos Cuidar do Planeta.

CONFINT 2010 - Conferência Internacional Infanto-Juvenil Vamos Cuidar do Planeta

*Questões*
>
>     Como se inscrever para ser candidato(a) a delegado(a) na
>     Conferência Internacional?
>
>     Para participar os jovens devem se inscrever no Circuito de
>     Aprendizagem que é um jogo online de formação e implementação de
>     projetos baseado na Carta das Responsabilidades, respeitando os
>     seguintes critérios:
>
>         * Ter sido delegado(a) participante da III CNIJMA;
>
>
>         * Ter entre 12 e 15 anos durante os dias 05 a 10 de junho de 2010;
>
>
>     Como se inscrever no Circuito de Aprendizagem?
>
>     Os jovens delegados que cumprirem os critérios ditos anteriormente
>     e quiserem participar deverão enviar um e-mail para
>     
jefferson.sooma@mec.gov.br jefferson.sooma@mec.gov.br>
>     entre os dias 22 a 31 de janeiro de 2010 com o título "Inscrição
>     no Circuito de Aprendizagem/nome_completo/
data_de_nascimento". No
>     corpo da mensagem informar o endereço de um e-mail válido que
>     garanta contato direto com o jovem, endereço residencial completo
>     e telefones de contato e/ou recado.
>
>
>     Quantos países participarão da Conferência Internacional?
>
>     Estão confirmados e cadastrados no Sistema de Acompanhamento da
>     Conferência Internacional 55 países com representantes de todos os
>     continentes.
>
>
>     Qual o tamanho máximo das delegações dos países?
>
>     Poderão trazer ao Brasil para participar da Conferência
>     Internacional o número total de 12 jovens eleitos em seus países e
>     que tenham respeitado as resoluções do regulamento. Para ter mais
>     informações sobre esse processo acesse 
http://confint2010.mec.gov.br
>
>
>     Em caso de dúvidas ligue para 61 2022 9198
>
>     Cordialmente,
>
>
>     Equipe coordenadora da Conferência Internacional Infanto-Juvenil –
>     Vamos Cuidar do Planeta.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Descontraindo - Morreu Maria Preá

Pra descontrair um pouco, posto um verso de um artista da minha terra, meu padrinho Itanildo Medeiros, que conta da história da famosa frase nordestina: "Morreu Maria Preá", sempre utilizada para finalizar um assunto. Vale a pena ler a história Hahaha.

MORREU MARIA PREÁ

 
Itanildo Medeiros

Morreu Maria Preá!!!
Esse ditado famoso
Comecei a pesquisar
Porque fiquei curioso
Depois de revirar tudo
Descobri com muito estudo
E pergunta em banda de lata
Que um padre num interior
Tinha um xamego, um amor,
Um caso com uma beata

Bonita e muito formosa
Maria Preá o seu nome
Essa beata fogosa
Do padre tirava a fome
E sempre que ele podia
Com ela, ele se escondia
Pra poderem se agarrar
Mas um dia o sacristão
Flagrou os dois num colchão
O padre e Maria preá

E depois dessa orgia
O padre perdeu o sossego
O sacristão todo dia
Alegava esse xamego
Chantageava o vigário
Fazia ele de otário
Ameaçando contar
Deixava o padre com medo
Que vazasse esse segredo
Dele e Maria preá

Sem saber o que fizesse
Com o sacristão lhe explorando
Pois tudo que ele quisesse
O padre ia logo dando
Com medo que a cidade,
Descobrindo essa verdade
Ficasse escandalizada
Pediu a Deus uma luz
Pra lhe tirar dessa cruz
Dessa exploração cerrada
Até que um dia o vigário
Viajou pra ali pertinho
Foi rezar um novenário
Num município vizinho
Esqueceu de um documento
E notando o esquecimento
Parou no meio da estrada
Deu meia volta e voltou
Mas quando em casa chegou
Ah, que surpresa danada!!!
 O padre entrando apressado
Na casa paroquial
Viu o sacristão curvado
Em decúbito dorsal
Nu da cintura pra baixo
Por trás dele um outro macho
Numa movimentação
Que o padre, vendo, notava
Que o rapaz encalcava
As fezes do sacristão

 
Assistindo aquela cena
Mas, lembrando do passado
O padre ficou com pena,
E também aliviado
Mas, mesmo com a vergonha
Daquela cena medonha
O padre gritou de lá
“Sacristão, se oriente
Pois, pra nós, daqui pra frente
“Morreu Maria Preá!"


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Internet Livre?


Eu Marinei, e você?

Há algum tempo venho notando algumas mudanças na Rede Mundial de computadores, não temos mais a liberdade de antes, o que era um espaço democrático, livre e sem fronteiras, começou a ser regrado, os internautas não podem mais falar sobre o que quiserem, ao falar em pré-candidatura presidencial, política, ativismo, nós corremos o sério risco de termos perfis virtuais apagados, postagens excluídas entre outras represálias, a constituição não previu isso, creio que os ideais da revolução democrática também não, me senti muito frustado há alguns dias ao tentar debater a questão presidencial numa comunidade do Orkut, e vi que em pouco tempo os tópicos, os comentários e a possibilidade de um debate sadio e agradável foram exterminados daquele site de relacionamento, ainda não sei em relação aos blogs, é isso que estou testando agora, será que o botton e a frase acima, será motivo de exclusão de conteúdo? Se sim, vai ser provado a total falta de respeito para com os internautas, cyberativistas e cidadãos Brasileiros.

Eu vejo um mundo diferente, um País diferente, onde as regras são feitas e cumpridas, mas de uma maneira diferente, onde não existe repressão, opressão e banditismo. Marina Silva me faz sonhar com isso.

domingo, 8 de novembro de 2009

Bolívia propõe a criação de corte ambiental internacional

6 de novembro, 2009


Meio Ambiente
Bolívia propõe a criação de corte ambiental internacional


James Painter


Da BBC News em Barcelona


Um grupo de organizações sociais bolivianas tentou angariar apoio internacional na conferência sobre clima de Barcelona a fim de estabelecer um tribunal para julgar casos de “justiça climática”.


Eles esperam que a corte force multinacionais a pagarem indenizações à comunidades indígenas que sofrem efeitos do aquecimento global.


A proposta tem o apoio do presidente boliviano, Evo Morales, e de seus aliados na Alba, o bloco regional bolivariano.


Na semana passada, em Londres, o presidente do Equador, Rafael Correa, elogiou a proposta, argumentando que países como Equador e Bolívia precisam “cobrar sua dívida ecológica”.


“Não queremos ser vistos como mendigos, não viemos pedir esmolas, mas sim justiça”, diz Angelica Navarro, uma das negociadoras.


Os detalhes sobre como funcionaria a corte e qual seria seu escopo ainda não foram definidos. Presidentes dos países da Alba concordaram em seu último encontro, em outubro, em formar um grupo para estudar o projeto.


Dívida histórica


Os propositores da ideia afirmam que os países industrializados e suas empresas têm uma dívida histórica por terem contaminado o planeta e deveriam pagar por isso.


“Acreditamos que companhias de petróleo deveriam pagar algo, de alguma forma, às comunidades indígenas na Bolívia”, disse Moisés Huarachi, representante tanto de organizações sociais bolivianas e da delegação do país em Barcelona.


“Mas achamos que talvez isso deva ser em forma de transferência de tecnologia em vez de dinheiro”, disse ele à BBC.


Huarachi apoia uma nova e imparcial corte que opera independentemente de outras instituições legais da ONU, embora, talvez, sob supervisão da própria ONU.


“Nós indígenas não acreditamos muito nos mecanismos da ONU”, disse.


Organizações sociais bolivianas organizaram sua própria versão de tribunal para mudanças climáticas no mês passado na cidade de Cochabamba.


Era composta de especialistas estrangeiros em questões ambientais que ouviram os casos de sete comunidades na Bolívia, em El Salvador, na Colômbia e no Peru afetadas por atividades de empresas mineradoras.


Os organizadores explicaram que a corte não tinha poderes legais, mas “segue a necessidade de responder à ausência de mecanismos e instituições que sancionem os crimes climáticos”.


Khapi


Um dos casos estudados em Cochabamba era o da comunidade Khapi, de indígenas Aymarás, no alto dos Andes bolivianos.
Moradores temem ser fortemente afetados pelo derretimento da geleira Illimani, que fornece parte da água consumida pela comunidade.
A questão é descrita em um relatório detalhado divulgado nesta semana em Barcelona pela organização não-governamental britânica Oxfam sobre a vulnerabilidade da Bolívia às mudanças climáticas.
De acordo com o relatório, o derretimento das geleiras, desastres naturais, a disseminação de doenças, incêndios florestais e o clima errático ameaçam provocar graves danos a um dos países mais pobres da América Latina.
Apesar disso, observa o documento, a Bolívia é responsável por apenas uma pequena porcentagem das emissões globais de gases do efeito estufa.
O relatório conclui que a proposta do governo da Bolívia para uma corte internacional “destaca a necessidade de mecanismos de controle, que requerem responsabilidade daqueles países ou organizações que contribuem com a contaminação, e ao mesmo tempo compensar os países mais vulneráveis”.
Os críticos apontam que a proposta deve enfrentar grandes obstáculos se for colocada em prática.
Eles dizem que seria difícil dar à corte internacional um estatuto legal para multar empresas por “crimes ambientais”.


Além disso, a ideia de uma corte internacional pode se perder em meio às outras várias propostas sendo apresentadas por países latino-americanos.


Brasil


O Brasil e o México, as duas vozes mais poderosas da região nas negociações sobre mudanças climáticas, estão concentrando sua atenção sobre que cortes em emissões de gases eles poderiam oferecer se os países desenvolvidos concordarem com grandes reduções de emissões e ajuda financeira a países em desenvolvimento.
O Uruguai anunciou durante as negociações o objetivo de aumentar a parcela de sua energia originária de fontes renováveis para 15% até 2015.
O Peru fala sobre metas de cortes nas emissões de desmatamento, enquanto até mesmo o Equador, um dos principais apoiadores da corte, prioriza a ideia de receber pagamentos da comunidade internacional para não explorar suas reservas de petróleo no parque nacional Yasuni.
Porém Moisés Huarachi espera que outros países de fora da América Latina que apoiaram as propostas bolivianas em encontros anteriores possam dar algum apoio.
“Tivemos apoio nas negociações de Bangcoc para a proposta de dar direitos à Mãe Terra. Logicamente alguém precisa penalizar a violação desses direitos”, explica.
Ele espera que alguns países africanos apoiem a ideia de incluir o estabelecimento da corte no texto de um acordo final a ser negociado na conferência sobre as mudanças climáticas a ser realizada em Copenhague, Dinamarca, no mês que vem.


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091105_bolivia_rc.shtml

Novidades da Conferência Internacional/Participação da Participação da Juventude

Pela REJUMA, tive notícias acerca da Conferência Internacional, é dedicada aos meus delegadinhos de conferência que esperam ansiosamente por notícias do esperado evento. Boa leitura.


CONFERÊNCIA INTERNACIONAL INFANTO-JUVENIL – Vamos cuidar do Planeta 

BRASÍLIA, 5 a 10 DE JUNHO DE 2010

A Conferência Internacional Infanto-Juvenil – Vamos Cuidar do Planeta - Confint- é uma iniciativa e um convite do governo brasileiro para adolescentes e jovens do mundo virem ao Brasil debater alternativas para a construção de sociedades ambientalmente sustentáveis e socialmente justas.
Os países participantes da Confint que vierem com delegações ao Brasil poderão trazer um jovem facilitador com idade entre 18 e 25 anos, que ficará encarregado de mediar o diálogo e ajudar crianças e adolescentes a organizarem suas próprias idéias, contribuindo com a interpretação do material de apoio e na realização das diversas etapas da conferência.
Para participar da Conferência Internacional, os jovens facilitadores devem dominar pelo menos um dos idiomas da conferência (espanhol, inglês, francês e português), além de seu idioma nativo. Os escolhidos devem chegar ao Brasil uma semana antes da delegação de seu país para participar de um curso preparatório, que incluirá um treinamento sobre conceitos, metodologias e atividades que serão desenvolvidas.
Segue respostas de algumas perguntas freqüentes:

Qual o objetivo da Conferência Internacional Infanto-Juvenil - Vamos Cuidar do Planeta - Conferência Internacional? 
Possibilitar que crianças e jovens do mundo todo se apropriem localmente de compromissos globais, assumindo responsabilidades para a construção de sociedades sustentáveis e promover uma rede de cuidados com o planeta. 

Quais temas serão abordados durante a Conferência Internacional?
Mudanças socioambientais globais, com foco nas mudanças do clima, é o tema que reunirá 900 pessoas, em sua maioria adolescentes entre 12 e 15 anos, além de educadores e lideranças dos movimentos de juventude, vindos de mais de 50 países. 

Qual resultado se busca com a realização da Conferência Internacional?
Os delegados da Conferência vão elaborar juntos - por meio de atividades lúdicas, oficinas práticas, diálogos interculturais e intergeracionais - a Carta das Responsabilidades – Vamos Cuidar do Planeta, documento que assumirá responsabilidades coletivas e ações que devem ser implementadas local e globalmente.

Como surgiu a Conferência Internacional?
A Conferência Internacional emerge da experiência de três Conferências Nacionais - Vamos cuidar do Brasil, que aconteceram em 2003, 2006 e 2009, e envolveram 13 milhões de pessoas, em 20 mil escolas de todo o país.  

Como os países participam da Conferência Internacional?
Cada país deve constituir uma Comissão Organizadora Nacional, que vai cuidar de todo o processo preparatório da Conferência Internacional no seu país. Qualquer instituição governamental ou da sociedade civil pode propor ou participar da criação dessa comissão. É desejável que ela tenha a anuência de seu Ministério da Educação ou órgão equivalente. Assim que for formada, o país deve entrar no site da Conferência Internacional (http://confint2010. mec.gov.br) para cadastrar sua comissão.

Quais ações serão desenvolvidas pelas Comissões Organizadoras Nacionais nos países que aderirem à Conferência Internacional?


Mobilização de alunos e professores para a realização de conferências nas escolas; 
Organização de uma Conferência Nacional, de onde serão escolhidos os delegados que participarão da Conferência Internacional no Brasil; 
Facilitação do processo de redação de uma Carta de Responsabilidades de seu país, que será levada para Brasília e servirá de embasamento para a construção da Carta Vamos Cuidar do Planeta;  

Como os grupos de juventude podem participar da Conferência Internacional?
A juventude pode participar da Comissão Organizadora Nacional apoiando a mobilização nas escolas. A comissão indicará um jovem para apoiar na facilitação dos processos da Conferência Internacional, devendo estar em Brasília na semana que antecede o evento e retornar com a delegação de seu país. O(a) jovem facilitador( a) deve:


Ser fluente em um ou mais idiomas oficiais da Conferência Internacional (português, inglês, espanhol e francês). Se a língua nativa do facilitador for um dos idiomas oficiais, o facilitador deverá ser fluente em um dos outros três idiomas; 
Ter entre 18 e 25 anos; 
Ter experiência em facilitação e mediação de grupos; 
Fazer parte de um país que tenha delegação. 

Quais outros canais de participação? 
Além da participação de alunos, jovens e educadores nas escolas, existem espaços virtuais onde os jovens de todos os países podem se comunicar. Na comunidade de aprendizagem “Vamos cuidar do Planeta” tem conferência todo dia, com fóruns de discussão e intercâmbio de idéias. A Conferência também está presente no Facebook e no Twitter. 

Como obter maiores informações sobre a Conferência Internacional? 
No sítio http://confint2010.mec.gov.br estão disponíveis diversos documentos e material didático relevantes para a conferência, como o regulamento geral; o passo-a-passo utilizados nas conferências nas escolas do processo brasileiro; e cadernos sobre questões ambientais com destaque para os temas água, energia, biodiversidade e mudanças climáticas. Nossa expectativa é que este material possa servir de referência e incentivo para o processo da conferência em cada país. 
Entre em contato com a equipe de organização da Conferência Internacional para obter informações sobre a Comissão Organizadora Nacional do seu país.

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